quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Livro: O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë

Bom, eu tenho que confessar: eu sou uma amante dos livros. É muito mais do que um simples vício, é uma necessidade.
Recentemente, uma amiga da minha mãe resolveu vender vários livros que tinha por apenas 10 míseros reais. Os livros estavam em ótimo estado de conservação, então, dei uma olhada cautelosa na lista, garimpei e comprei alguns.
Um deles foi "O Morro dos Ventos Uivantes". 
A foto tá tortinha, mas tudo bem.

Eu já tinha lido a versão inglês, há um tempo (não lembro de qual editora). E, claro, me encantei. Essa tradução (de Ana Maria Chaves) deixou um pouco a desejar, na minha opinião. Eu nunca tinha ouvido falar dessa editora: "Lua de Papel", mas não gostei muito da edição e da tradução, achei que eles tentaram trazer o livro pra uma linguagem mais jovial, numa tentativa de vender mais. Como vocês podem ver, na capa, tem escrito: "O livro favorito de Bella e Edward da série Crepúsculo". Existe coisa mais apelativa? Mas devo dizer que se seu gosto pela leitura se resume a saga Crepúsculo, nem gaste seu dinheiro.
Esse livro é um clássico da literatura inglesa, foi lançado em 1847 e provavelmente você o achará insuportável. Afinal, ele não é uma leitura vazia, pra passar o tempo, como a Saga Crepúsculo.
O livro é intenso, sombrio e trata do amor de maneira ímpar. Além de descrever minunciosamente a região de Yorkshire. Românticas desesperadas chorarão até a última lágrima ao lê-lo. É o tipo de livro que traz a sua sensibilidade à tona e te faz refletir. 
Dois trechinhos:

  1. "Se olho para estas lajes, vejo nelas gravadas as suas feições! Em cada nuvem, em cada árvore, na escuridão da noite, refletida de dia em cada objeto, por toda a parte eu vejo a sua imagem! Nos rostos mais vulgares de homens e mulheres, até as minhas feições me enganam com a semelhança. O mundo inteiro é uma terrível coleção de testemunhos de que um dia ela realmente existiu e a perdi para sempre!"

  2. "Não sei como explicar, mas certamente que tu e todos têm a noção de que existe, ou deveria existir, um outro eu para além de nós próprios. Para que serviria eu ter sido criada, se apenas me resumisse a isto? Os meus grandes desgostos neste mundo foram os desgostos do Heathcliff, e eu acompanhei e senti cada um deles desde o início; é ele que me mantém viva. Se tudo o mais perecesse e ele ficasse, eu continuaria, mesmo assim, a existir; e, se tudo mais ficasse e ele fosse aniquilado, o universo se tornaria pra mim uma vastidão desconhecida, a que eu não teria a sensação de pertencer." 

A autora se chama Emily Jane Brontë, nasceu em 1818 em Thornton (Inglaterra). Escreveu poemas sob o pseudônimo de Ellis Bell e "O Morro dos Ventos Uivantes" (Wuthering Heights) foi o seu único romance. Morreu em 1848, com apenas 30 anos, de tuberculose.

Espero que tenham gostado!
Beijos,

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