A história de Spartacus, um escravo que virou um exímio gladiador e liderou uma revolução no Império Romano já nos é familiar. Não podemos deixar de lembrar do homônimo filme do Kubrick da década de 60, em que Kirk Douglas interpreta o Spartacus. Eu fico intrigada com remakes e novas perspectivas, por isso fiquei interessada em saber qual seria a visão de Joshua Donen e Sam Raimi (trilogia Spiderman).
Confesso que me encantei demais! Tecnicamente falando Spartacus é impecável, a ambientação da Roma Antiga foi feita com muito cuidado, desde as escolhas dos tecidos das roupas até a demonstração de alguns costumes da época. Outra coisa que me agradou bastante foi a preocupação dos roteiristas em manter expressões em latim na fala das personagens, além da pronúncia impecável das mesmas.
As lutas são um espetáculo à parte, em câmera lenta com sangue rubro voando para todos os lados, causando um efeito maravilhoso aos olhos.
Além de recriar com maestria a Roma Antiga e as degladiações bárbaras no Coliseu, Spartacus insere o telespectador em um mundo sem o moralismo cristão, cheio de luxúria, sexualidade à flor da pele e, principalmente, de intrigas.
Precisamos nos despir de qualquer tipo de preconceito pra entender a série, que traz, por exemplo, um lendário gladiador - Barca - que mantém um namoro com um rapaz deveras afeminado e o fato é encarado com total naturalidade.
A sexualidade e o desejo por sangue estão em foco na série. As cenas de sexo são ousadas, destemidas e muito bem feitas, assim como as lutas. Mas, acredito eu, que Spartacus no final das contas é um história de amor. Cada decisão de cada personagem da série é feita baseada no amor, por alguém ou por alguma coisa - até mesmo por sangue derramado. Fala-se muito de honra e glória, mas no fundo mesmo é o amor.
Beijos,
Lory
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